quinta-feira, 7 de julho de 2011

Saudades de você!



" E eu precisava te dizer que, não sei exatamente o porque, mas começo a sentir uma saudade enorme (e completmanete diferente) daquele menino da guitarra amarela"

Pra você!



Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa. Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado. Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo. Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito: “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado. Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da turma. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito. Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da turma e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo. Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro CD do Vinicius de Moraes. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça. Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida: “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”. Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente: “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo. Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso. Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim. Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você. Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim. E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Que seja doce




Que a espera seja branda,

que a saudade seja findada,

e que nosso reencontro seja doce...

Imensamente doce...

Coração, para que se apaixonou?


"E eu nem sei se pulo de alegria ou se saio correndo de ansiedade.
Enfim... 23 dias! "

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Enchi que sóóóó...

"A verdade é que me enchi. De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia, o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras... Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame. Fico pensando como chegamos a esse ponto. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Assim, chega. Chega de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, mas em outro lugar? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando. Bom é isso, se agora isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes."

Pra você refletir...





"Sempre que houver alternativas, tenha cuidado. Não opte pelo conveniente, pelo confortável, pelo respeitável, pelo socialmente aceitável, pelo honroso. Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar. Opte pelo que gostaria de fazer, apesar de todas as conseqüências".

terça-feira, 24 de maio de 2011

Seus (meus) olhos azuis...

" O bom do tempo é que ele fez com que a saudade de você se transformasse numa dessas coisas que a gente recorda no meio de um dia comum, respira fundo e continua vivendo sem dor...
É incrível como você faz falta, mas mesmo assim continuo vivendo como se não me faltasse nada!"

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Por favor, não se assuste!

" É... eu sei, eu sei que já é tarde e não falo dessa coisa de ponteiros rodando e segundos correndo, estou falando do que se perdeu por falta de sentido, mas acharia pequeno demais passar por esse mundo sem lhe dizer algumas coisas.
Eu precisava te dizer que achava engraçado demais você passar com o carro pelo meio do posto de gasolina, sem parar para abastecer, passar ali por pura preguiça de fazer o quarteirão.
Dizer que aquela festa falida que fomos, valeu a pena pelas risadas, pelo Mc às 4 horas da manhã e por ter me mostrada que sou bem normal no meu sapato de salto, em meu cabelo escovado e na minha bolsa de mão da Carmin.
Dizer que a saudade é absurda e que só agora eu vejo a falta que você me faz...
Eu poderia dizer aqui também de quando você queria me fazer dar risada e me levava para aqueles show's de "rumba" onde pessoas de 70 anos dançavam como se fossem adolescentes. Porque só você me levaria à um show de músicas caribenhas, e só você também para saber que eu estava precisando dar risada, mesmo por coisas estranhas.
Poderia dizer das várias vezes que disse qe iria e não fui e das tantas outras que eu disse que iria (e ia) só por não ter companhia melhor!
Não poderia faltar sobre as saladas e comidas japonesas... você sempre foi minha melhor companhia para elas. E no entando eu nunca te disse isso.
E da vez que você me disse: Você não teve paciência para gostar de mim!
E eu ria, porque te achava patético demais e me achava esperta demais por deixar passar alguém bacana como você sem dizer uma única palavra! Poxa, quanta esperteza!
Dizer que eu sempre que eu faço desses bolo de caixinha, eu lembro de você reclamando que era horrível.
Podia dizer de quando você me deu aquela florzinha de cenoura e por ter reclamado por eu ter esquecido sobre a mesa do restaurante, ou por me dizer o tempo todo que eu era imprevisível demais e que por isso você preferia não arriscar.
Você não sabia, e eu muito menos... mas você estava o tempo todo ali! E quando você se foi eu senti uma vazio tão estranho e depois uma alegria tão intensa quando me ligava, que só então meu coração saiu do modo desligado e começou a ser ocupado por você.
Mas assim, mesmo assim, eu desliguei da tomada, e sai assobiando por aí porque não podia ser você, não... não podia! Você não é essa pessoa que esteve ao meu lado todo enquanto eu procurava com binóculo minha felicidade, não e não! Seria ironico demais! Seria ridículo demais eu só sentir sua falta depois de te perder! Seria infantil demais, pequeno demais, egoísmo demais!
E eu podia dizer das vezes que, para você, só me olhar estava bom, só para mexer no meu cabelo tava beleza, que só andar de mãos dadas e ir embora depois da comida tava melhor ainda!
Então óóóó, vamos fazer assim... você continua fingindo que é meu melhor amigo, que eu vou continuar fingindo que amo outra pessoa! Combinado?
Você continua assim, aí, e eu continuo assim, aqui! E se nesse meio tempo escapar algum olhar, se escapar uma mão segurando a outra, ou se na maior das hipóteses escapar um beijo desses que a gente dá pra se despedir, que vou te olhar e rir dizendo: Pára com isso somos amigos! e o meu coração vai te dizer: Continue, posso ser sua melhor confidente!
E não sei... mas acho que começo a amar você!
Porque você (e o seu cheiro de roupa limpa) faz muita falta por aqui!

sempre o tal...



" E já não é mais uma questão de paciência... e sim de amor!"

sábado, 7 de maio de 2011

eles... nós... fim...



"Eles se amam. Todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso."

:)




"Eu tentei tanto ser alguém mehor para você, tentei tanto ser uma mulher mais equilibrada, mais madura, mais segura, mais compreensiva, mais culta, que no final das contas eu me tornei mulher demais pra você!
E sabe, cansei!
Vou continuar com esse gosto de sorriso na boca e com meu vestido de chita rodado. Depois de muito tempo tenho me sentindo leve, sem amarguras e nós no coração. E você? vai continuar nessa vidinha norma e sem grandes novidades, aguentando os mesmos problemas e tentando passar por tudo isso com um pouco de coerência.
Sabe? Quem não sabe o que procura, não dá valor quando a encontra.
E vou continuar brincando ser uma menina entre suas gérberas amarelas...
e você? Vai continuar ser esse eterno condenado a ser livre..."

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Esse, é pra você!


Você sempre me disse que sua maior mágoa, era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa. Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado. Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, o porque de eu dormir chorando, porque era impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo.
Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado, e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado. Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha do colégio. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto, mas senti uma coisa linda por dentro do peito.
Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha do colégio e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase seis meses sem falar comigo.
Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com musiquinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal, da sua viagem pra Manaus, de um tigre enrabando uma onça.
Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando perto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”. Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios você fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo.
Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim, lembra?! E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso. Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Minhas piadas, minhas brincadeiras, meu dia a dia, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Muito de mim e do que eu me tornei é você! Quando eu berro Strokes ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você.
Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você.
Até hoje. Até essa noite. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida, e que você é cheio dessas coisas. E que você usa para não sentir dor ou saudade.
Foi a primeira vez que você me deixou te olhar, mesmo você não gostando de mim.
E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.

Sou tudo ou nada!


E chega!!!!
Não me alimento mais de “quases”. Não me contento com a metade.
Nunca serei sua “meio amiga” ou seu “meio amor”. Sou tudo ou sou nada.

sábado, 30 de abril de 2011

Tudo passa...

"Sonhos são muito raros
Desde que você foi
Eu sei que tá tudo certo
E logo vou encontrar
Um sorriso aqui
Que vai fazer tudo passar...."

[Lorenza Pozza - Tudo Passa]

...




" Fala se isso não é a coisa mais irônica desse mundo...

Eu aqui e você aqui também...

E tão longe, e tão escondido e tão impossível..."

acabou?





"...Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!... "

Caio Fernando Abreu
[In Morangos Mofados]

Pare o mundo! Eu preciso descer...



"Queria que algum canto do mundo me acolhesse. E me abraçasse e dissesse que tudo bem, tudo bem de vez em quando eu perder assim a razão ou o equilíbrio. Eu queria que existisse um canto do mundo que nunca me dissesse "hey, Li, você está fazendo tudo errado" e que me deixasse ser assim e apenas me deixasse ficar quietinha e quente quando o mundo resolvesse me magoar, porque eu sou briguenta, mas sou mais sensível que maria-mole na frigideira.
Eu queria ir para um planeta onde não existisse tempo de beijar e tempo de enlouquecer. E eu pudesse ir agora no seu mundo e te beijar até enjoar de você. E eu pudesse, de repente, gritar bem alto, porque me irrita esses milhares de sons tecnológicos que seu telefone faz para mostrar que meio mundo te procura enquanto eu não posso te procurar, porque a "cartilha da vovó que ensina como casar" dizia que a mulher nunca pode procurar o homem se não quiser ser usada por ele. Eu queria mandar para aquele lugar a cartilha da vovó. E queria conseguir tirar essa voz da minha mãe da cabeça, dizendo "Esqueça, ele não te pertence...".
Eu sei que sou exatamente o que 98% dos homens não gosta ou não sabe gostar. Eu tenho personalidade, falo o que penso, abro as portas da minha casa, da minha vida, da minha alma, dos meus medos. Basta eu ver um sinal de luz recíproca no final do túnel que mando minhas zilhões de luzes e cego todo o mundo. Sou demais. Sufocante. Ninguém entende nada. E eles adoram uma sonsa. Adoram. E sempre acabam namorando com elas.
Mas dane-se. Um dia um louco, direto do planeta dos 2% de homens, vai aparecer. E que se dane a natureza gritando no meu ouvido que não posso fazer essas coisas. Que a boa fêmea sabe esperar nove meses, portanto deve saber esperar uma ligação ou um sinal de "tudo bem, agora pode ser recíproco porque eu também te quero". Eu não sei esperar nada. E a natureza gritando no meu ouvido que então, já que sou birrenta, vou ficar sem nada mesmo.
Porque hoje eu sei que é preciso aprender a viver, atiram a gente nesse mundo, nosso coração sente um monte de coisa desordenada, nosso cérebro pensa um monte de absurdo. E como se não bastasse a gente ainda precisa ser superequilibrada para ganhar alguma coisa da vida. Como se só por estar aqui, aturando tanta maluquice, a gente já não devesse ganhar aí um desconto para também ser louco de vez em quando. Quem é essa natureza maluca, quem é esse mundo maluco? Quem são esses doidos que exigem tanta certeza e tanta "finesse" e tanta postura da gente?
E eu queria te beijar até enjoar. Porque eu só sei curar uma vontade de me entorpecer de alguém quando sugo a pessoa até a última gota. O problema é que, nesse mundo sem graça com celulares que apitam e mensagens no Messenger que apitam e policiais mentais que apitam "hey, Li, segura a onda, não deixe ele perceber que pode comandar seu coração mole", ninguém mais sabe nem sugar e nem ser sugado até a última gota. Fica uma droga de um joguinho superficial de trocas superficiais. E ai de quem resolva sair disso. Vai ser tachado de louco de pedra. Maluco. E as meninas sonsas se dando bem, e eu dormindo abraçada com o travesseiro sem dono da cama de casal, com olhos vermelhos e o coração mais pesado que uma rocha.
Queria que ao menos algum canto do mundo me acolhesse. E me abraçasse e dissesse que tudo bem, tudo bem de vez em quando eu perder assim a razão ou o equilíbrio. E repetir e repetir e repetir o erro. E jurar que da próxima vez eu serei normal e escolher alguém que possa me querer. E jurar que da próxima vez eu obedecerei a natureza, minha mãe, a cartilha da vovó ou as meninas sonsas. E virar a rainha dos 98% de homens que não sabem o que fazer com uma pessoa que nem eu. E depois chutar todos eles, porque no fundo tô pouco me lixando pra essa maioria idiota.
Pode até ser meio solitário correr contra a maré, mas como é gostoso olhar a multidão do outro lado e enxergar todo mundo pequenininho, porque já cansei de me ver assim...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

meu NADA era TUDO!



... e enquanto eu te olhava no fundo dos olhos, você sentiu algum mistério em mim e me perguntou o que eu tinha, sorri e balancei a cabeça simbolizando que não era nada de importante! Sabe, na verdade aquela NADA significava TUDO!

E eu que sou falante emudeci, e eu que sou direta me segurei, e eu que não me arrependo fiquei com medo de me arrepender... diz que a gente só não se arrepende do silêncio, né?

Então silenciei...

Enquanto meu coração gritava pra você ouvir: Hey, aquele te amo que você me disse uma vez por e-mail era verdade mesmo? Ainda tá valendo? Eu posso acreditar nele? Porque se for, se eu puder e se ainda tiver valendo, eu queria dizer, depois de tanto tempo, que EU TAMBÉM!

Eu sei (e concordo com você) que tem coisas que foram feitas para serem sentidas e não faladas, mas... EU TAMBÉM... também amo, e amo sem falar, amo sem dizer, amo sem gesticular, amo e ponto! Amo pra mim, em silêncio, sem nunca ter precisado falar isso pra você ou pra qualquer outra pessoa...

Mas o medo me emudeceu e eu apenas disse: gosto mais que muito muito...

Pois bem... o meu NADA era TUDO!

é TUDO o que eu ando sentindo por você...